Considerar que a sociedade atual está cada vez mais próxima
da ruína, por conta da desigualdade, pobreza, fome, violência, desemprego,
desestruturação das famílias e pouca de valorização da educação aliado a
problemas ambientais. Compondo um cenário que justificam as maiores
preocupações do homem moderno, principalmente em países subdesenvolvidos como o
Brasil.
Pensar na educação, e mais específico, na Educação Física, para essa
sociedade mencionada anteriormente é importante fazer algumas reflexões relacionadas
às suas realidades, à formação da criticidade, ao envolvimento da escola em
projetos globais de transformação social, à aproximação entre idéias e
realidades e ao contexto sócio-cultural das comunidades em que as escolas estão
inseridas.
Com a consciência de que o papel da
educação, segundo Edgar Morin, “é de nos ensinar a
enfrentar a incerteza da vida. (…) Em outras palavras, o papel da educação é
de instruir o espírito a viver e a enfrentar as dificuldades do mundo”.
Compreendo que o papel da educação
física segue a mesma perspectiva apresentada pelo Morin. Porque entendemos que
a educação física se insere em um processo contínuo que
possibilita aos indivíduos alcançarem o desenvolvimento de suas
potencialidades, ao longo da vida, pois o principio básico é a formação
integral para a vida no mundo, ou melhor, a vida em sociedade. Isso mantém uma intima
relação entre o papel da Educação Física e o papel da educação.
Compondo um conjunto de experiências de caráter social que contribui
para grandes transformações individuais e coletivas importantes para o
desenvolvimento da identidade e autonomia, para a formação da consciência
crítica e para ampliação da visão de mundo.
Assim, a Educação Física colabora para a formação de
cidadãos que possam ler criticamente a sociedade e participar dela atuando para,
na medida do possível, melhorá-la buscando a valorização e a apropriação de
conhecimentos relacionados à cultura corporal de movimento e linguagem.
Autor: ALVES, Marielson N.