terça-feira, 10 de novembro de 2015

JERP 2015: Seleção Edison Carneiro classificada


Todas as vibrações positivas para os estudantes da Escola Estadual Professor Edison de Souza Carneiro classificados para próxima fase dos Jogos Estudantis da Rede Pública - 2015. que acontecerá domingo (15-11-2015) na Escola Estadual Duque de Caxias.

FUTSAL - Categoria A
Natanael Santos Silva
Jonathan Teodoro Cabral dos Santos
Joseval Sousa da Silva Junior
Vinicius Santos da França
Icaro dos Santos Lima
Jackson dos Santos Almeida Junior
Romano Batista
Erick Ferreira
Marcos Vinicius
Anderson Santos da França Junior
Tairone da França

FUTSAL - Categoria B
José Matheus Silva Cruz
Adeilson Santos Mota
João Lenon
Wesley Santos de Jesus
Pedro Mendes
Ruan Matheus
Rian Fernandes
Daniel Jones Santos
Natan Cardoso
Tierry Ribeiro

Professor/técnico: Marielson Alves

Vai Judô: Uma proposta educacional



Projeto implantado no Centro Educacional Alzemira Borges em 2013 e 2014 e no Colégio Anchieta em 2015, proposto por Marielson Alves, Especialista em Metodologia do Ensino e da Pesquisa em Educação Física e Esporte Escolar e Faixa preta de Judô, visando o desenvolvimento do esporte educacional através do judô. 
 APRESENTAÇÃO
Uma pratica corporal que tem sua origem nas artes marciais japonesas, o Judô exige do praticante uma conduta de “samurai” que se pauta, não de valentia e atos heroicos e sim, nas formas de condutas contidas num código de honra ético-moral (o chamado “Bushidô”) que preconiza o cavalheirismo, o respeito, bondade, fidelidade e desprezo pela dor e sofrimento. Ao transformar a uma arte marcial em um método de Educação Física (Judô), concebido pela sistematização das técnicas de ataque e defesa que favorece a apropriação de uma cultura sócio-educacional e possibilita aos praticantes formas de manter a saúde o mestre Jigoro Kano fortaleceu ainda mais a filosofia do Judô, valorizando o respeito, ética e a disciplina.
Os ensinamentos do mestre Jigoro Kano é observado, no decorrer da historia, o principal fator que diferencia o Judô das demais atividades que também tem origem nas artes marciais. Pois há o tratamento de pontos sensíveis do ser humano, onde a solidariedade e o bem estar do próximo acompanha passo a passo o contato físico, por meio dos princípios de lealdade e honestidade plantados na consciência do indivíduo, revelado durante o combate e sacramentado pela flexão do tronco na saudação (Rei).
Dessa forma percebemos que o Judô é um excelente instrumento educativo precioso para auxiliar na formação do indivíduo sob o ponto de vista integral que segue um caminho de busca do auto-conhecimento fundamentado em nove princípios que compõem o Espírito do Judô, princípios esses que marcam as maneiras de percorrer o “SUAVE CAMINHO”, cujo estudo de seus fundamentos nos dá base para a compreensão e o progresso do Judô, são eles:
1. Conhecer-se é dominar-se, e dominar-se é triunfar.
2. Quem teme perder já está vencido.
3. Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.
4. Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
5. Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. ao que vencestes hoje, poderá derrotar-te amanhã. a única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
6. O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.
7. O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.
8. Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, esse é o caminho do verdadeiro judoca.
9. Praticar o judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza. o corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

OBJETIVO GERAL
Ampliar e oportunizar aos estudantes práticas corporais direcionadas ao desenvolvimento de habilidades e competências a partir do Judô[1].
 
OBJETIVOS ESPECIFICOS
  • Melhorar as relações entre os praticantes através da luta de forma prazerosa, apresentando e vivenciando elementos da filosofia do judô;
  • Apresentar e ensinar técnicas de Ukemi, Katame Waza e Nage Waza;Orientar aprendizagens relacionadas às saudações e situações de aula (Rei-rô, Tati-waza, Kumi-kata, Kuzushi, Shintai, Tai Sabaki, Uchi kome)
  • Conhecer algumas características da cultura japonesa e dos treinos de Judô;
  • Desenvolver habilidades específicas do judô;
  • Contribuir para a formação cidadã, favorecendo o respeito mutuo e a cooperação.

METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos apresentaremos vivências diretamente ligadas aos fundamentos da luta que serão vivenciadas nas aulas seguindo uma concepção de cultura corporal de movimento. Desta forma, consideramos interessante um caminho em que inicialmente valorizaremos a exposição aos estudantes sobre algumas considerações básicas da luta vislumbrando melhor preparação para a construção de uma consciência em prol de cuidados necessários com o próprio corpo e com o corpo do outro. Em seguida realizar vivências que mesclem características próprias do judô com características de outras praticas que os estudantes tenham experimentado. Assim, as vivências têm pretensões diretamente ligadas aos objetivos propostos. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Uma aula com características do “caminho suave”, ou melhor, Judô se apresenta envolvida no ambiente escolar quando possui um trato adequado e com intenções pedagógicas. Assim o Judô é um excelente caminho que contempla aprendizagens significativas para a formação da criança em suas diversas fases do crescimento que propicia o desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas, interpessoais e criativas, importantes para a vida do estudante e atingir o objetivo desta proposta.
Vale salientar que o Judô é também uma arte marcial, e não apenas uma atividade física ou um esporte. Portanto, o praticante será capaz de compreender situações de risco e evitá-las com sucesso, e em último caso, saberá corretamente se defender quando necessário.

REFERENCIAS
ALMEIDA, Anne. Ludicidade como instrumento pedagógico. Itabuna. 2009. Disponível em: www.cdof.com.br. Acesso em: 22. Jun. 2009.
ALVES, Marielson Nascimento. Educação Física no Ensino Médio: As questões de gênero a partir da realidade dos estudos do Brasil. Monografia – Faculdade Regional da Bahia – UNIRB, Salvador, 2008.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é que se faz. 22. ed. São Paulo: Loyola. 2008. 102 p.
BELTRÃO, Fernanda; RUFFONI, Ricardo. Análise Metodológica na Prática do Judô. Rio de Janeiro. 2005. Disponível em: www.equiperuffoni.com.br. Acesso em: 22. Jun. 2009.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ. Caracterização do Judô. Disponível em: http://cbj.dominiotemporario.com/cbj. Acesso em: 20. fev. 2010.
GROSSO, Francisco. A Ludicidade como estratégia motivacional da aprendizagem de judô para crianças na faixa etária de 4 à 12 anos. Rio de Janeiro. 2000. Disponível em: www.judobrasil.com.br. Acesso em: 22. Jun. 2009.
NEIRA, Marcos Garcia; UVINHA, Ricardo Ricci. Cultura Corporal: Diálogos entre educação física e lazer. Petrópolis, Rj:Vozes, 2009.
SOBREIRA, Jorge. Princípios e historia do judô. Simpósio SESC de Judô. Salvador. 2010.


[1] Esta arte marcial foi criada pelo japonês Jigoro Kano, professor graduado em educação física, com a intenção criar uma filosofia que contemplasse o caminho da suavidade através da luta.