segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Basquete Feminino na Bahia: Recortes do panorâma histórico

APRESENTAÇÃO
Orientado pelo Professor Marielson Alves e pesquisado pela integrante da Equipe Girls Evolutions Lisa Coelho esse trabalho foi desenvolvido para estimular integrantes da equipe de Basquete Feminino Girls Evolution, do Colégio Estadual Professor Edison Carneiro, conhecerem sobre a história, dificuldades e conquistas do basquete feminino da Bahia.
Pós jogo da Liga do Nordeste 2018 com um passeio no Porto da Barra com a Equipe de Basquete Feminino sub 16 do Colégio Estadual Professor Edison Carneiro (Salvador-BA).
 BREVE HISTÓRICO
O basquete foi criado em 1891, pelo professor canadense James Naismith. O objetivo inicial foi entreter os alunos da Springfield College, Colégio Internacional da Associação Cristã de Moços, durante o rigoroso inverno de Massachussets, nos Estados Unidos. De acordo com história contada pela Confederação Brasileira de Basketball, a missão confiada ao docente foi pensar em algum tipo de jogo, sem violência, que estimulasse os alunos durante a estação fria, mas também pudesse ser praticado no verão.
Dessa forma James Naismith começou a pensar em qual tipo de atividade realizaria com os estudantes. Logo, escreveu 13 regras básicas e pendurou cestas de pêssego em duas pilastras a 3,05 metros de altura - comprimento que permanece até hoje - e que daria uma certa dificuldade à disputa. A quadra, por sua vez, era praticamente a metade do tamanho da usada atualmente.
A primeira disputa dessa novidade foi realizada no começo de 1892, entre os professores e alunos. Os estudantes venceram os docentes por um placar de 5 a 1, com uma plateia de cerca de 200 pessoas. Desde então, o basquete se tornou um esporte viciante e ganhou força em várias disputas ao redor do mundo.
Atletas da Seleção Brasileira de Basquete Feminino Master na Associação Atlética da Bahia em 2018.
BASQUETE FEMININO
O início do basquetebol feminino se deu em 1892, quando a professora de educação física Senda Bereson do Smith College, adaptou as regras criadas por James Naismith nas suas aulas. A professora Senda testa a nova prática com algumas modificações, pois naquela época o basquetebol era visto como um jogo masculino e que podia masculinizar as mulheres. A partir disto tem-se aos poucos a introdução da modalidade, não existindo semelhanças com o masculino e para exemplificar esta nova prática nas aulas de educação física, as mulheres não podiam bater na mão da adversária ou na bola para tomar posse, só podiam permanecer com posse desta por três segundos, entre outros. Aos poucos o basquetebol feminino foi conquistando seu espaço, apesar dos preconceitos prosseguirem por muito tempo.
Equipe de basquete feminino sub16 do Colégio Estadual Professor Edison Carneiro na Liga do Nordeste em 2018.
BASQUETE FEMININO NO BRASIL
Augusto Shaw foi quem trouxe o basquete para o Brasil. Nato de Nova York, o americano teve o primeiro contato com a modalidade em 1896, após completar o curso de Artes na universidade de Yale. Pouco tempo depois, Shaw aceitou um convite inusitado: lecionar na tradicional Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Na mudança ao Brasil, o recém-graduado trouxe livros, obras de artes e uma bola de basquete.
Na época, o professor passou por alguns problemas ao introduzir a modalidade na escola brasileira. Mas as mulheres logo se apaixonaram pelo esporte e começaram a praticá-lo, porém, os homens não viam a modalidade com o mesmo entusiasmo por diversos motivos. Um deles era o fascínio e a predileção pelo futebol. Mas Shaw sofreu para conseguir divulgar o novo esporte, pois havia concorrência do futebol que foi trazido por Charles Miller, e também pelo forte machismo, pois o esporte foi muito bem aceito entre as mulheres na época.

Jogo da categoria sub 16 entre as equipes da BFF e do Colégio Estadual Edison Carneiro na Liga do Nordeste em 2018 realizado na Associação Atlética da Bahia.
 BASQUETE FEMININO NA BAHIA
O basquete na Bahia sempre sofreu com o pouco incentivo e enfrenta inúmeras dificuldades principalmente no feminino. Uma das principais representantes do basquete feminino baiano, a treinadora Márcia Marllan, filiada à Federação Bahiana de Basketball (FBB), ressalta as dificuldades para as meninas se dedicarem mais ao esporte e reforça o entendimento de que o esporte é também espaço para as mulheres.
Equipes de basquete Feminino da categoria sub 16 da BFF e do Colégio Estadual Prof. Edison Carneiro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para tanto, nós da equipe de Basquete Feminino Girls Evolutions, reconhecemos neste estudo a existência de uma grande lacuna nos registros históricos do basquete feminino da Bahia e a necessidade de maior empenho das pessoas e entidades envolvidas com o basquete feminino estadual para ampliar incentivos para a pratica desse esporte por meninas e mulheres em todo o território da Bahia.

REFERÊNCIAS
Disponível em: deputadobobo.com/noticia, blog.unisportbrasil.com.br  e  www.torcedores.com/noticias

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